domingo, 2 de janeiro de 2011

Tudo Que Você Precisa Saber Sobre Escriturário

Escriturário

"Profissional que trabalha com escrituração, que é a elaboração sistemática e metódica, em livros próprios, das contas de uma casa comercial"
Fonte: Dicionário Michaelis

O que é ser um escriturário?

Escriturário é o profissional responsável por efetuar os lançamentos em contas, geralmente para fins contábeis, e posteriormente registrar toda a movimentação financeira em livros e fichas de controle. O mais comum é que a escrituração seja contábil, porém também existem formas como escrituração mercantil e comercial, que está ligada ao comércio e escrituração tributária ou fiscal, ligada aos impostos. Uma das técnicas utilizadas pelos escriturários, principalmente os contábeis, é a de equivalência, mais chamada de "método das partidas dobradas", ou seja, para cada débito deve haver um crédito, e vice versa. O trabalho do escriturário é de suma importância para as instituições, pois seu trabalho está ligado ao controle das contas e dos gastos, além de facilitar o acesso ao crédito e aos dados em qualquer problema judicial.

Quais as características necessárias para ser um escriturário?

Para ser um escriturário é preciso ter profundo conhecimento sobre as ciências matemáticas e contábeis, além de utilizar também conceitos de administração e economia. Outras características interessantes são:
  • paciência
  • raciocínio rápido
  • agilidade
  • responsabilidade
  • gosto pelas ciências exatas
  • facilidade de comunicação
  • metodologia
  • dinamismo
  • habilidade para resolver problemas
  • capacidade de organização
  • capacidade de observação

Qual a formação necessária para ser um escriturário?

Para ser um escriturário é necessário que o profissional seja habilitado em alguma instituição de ensino superior em contabilidade ou ciências contábeis, ou que seja formado em algum curso intensivo, de curta duração ou de especialização em escrituração. Para o profissional com diploma de curso superior também há opções de pós-graduação. O mais importante é que o profissional se atualize sempre por meio de cursos e também esteja sempre ligado nas informações do mundo e na economia, além de estar atento às novas técnicas e mudanças na área.

Principais atividades de um escriturário

  • realizar lançamentos contábeis
  • registrar débitos e créditos
  • registrar informações sobre tributações
  • registrar dados e informações
  • colocar sempre em dia o livro de registros e as fichas de conferência
  • deixar as informações necessárias sempre organizadas
  • analisar a equivalência dos dados registrados
  • fornecer informações de lançamentos e tributações sempre que necessário
  • auxiliar a perícia contábil sempre que necessário
  • produzir relatórios para apresentar aos donos da empresa ou aos sócios

Áreas de atuação e especialidades

  • escrituração contábil: é a área da escrituração que trata da realização de lançamentos contábeis, registro de operações de movimentação financeira, controle da equivalência entre créditos e débitos, análise de registros patrimoniais.
  • escrituração fiscal ou tributária: é a área que analisa o faturamento, impostos e contribuições a recolher de acordo com a legislação, calcula e elabora as guias de recolhimento de impostos, coordena a rotina de atendimento às obrigações fiscais, entre outras funções.
  • escrituração mercantil ou comercial: é a área da escrituração que trata do registro e documentação de todos os negócios da empresa, para que assim os lançamentos possam ser contabilizados e relatórios de prestação de contas possam ser elaborados, e apresentados aos clientes ou sócios.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o profissional da escrituração é amplo, pois o campo de trabalho é muito abrangente. Atualmente, o setor que mais emprega é o privado, impulsionado principalmente pelas instituições financeiras, que demandam muitos profissionais da área. No setor do comércio também há grande demanda de escriturários, que exercem, principalmente, a escrituração mercantil e fiscal.

Curiosidades

A escrituração surgiu no final da Idade Média, com o crescimento do comércio e da burguesia. Até aproximadamente o século XI, o feudalismo era o sistema econômico vigente no mundo conhecido, que era baseado nas grandes propriedades, com trabalho servil e de economia subsistência. A partir das Cruzadas, que foram movimentos incitados pela Igreja Católica e apoiados pela burguesia que tinham como objetivo retomar lugares sagrados do cristianismo que estavam em posse de muçulmanos, o comércio com o oriente através do Mar Mediterrâneo foi reaberto, fato que foi uma das causas da decadência do sistema feudal. Com as relações comerciais se estreitando cada vez mais e o crescimento demográfico muito alto, a população começou a sair do trabalho servil dos feudos para se juntar em feiras de comércio, que posteriormente viraram os chamados burgos. Com o crescimento dos burgos, uma nova classe social começou a ser formada, era composta de chamados "novos ricos", que eram os comerciantes que haviam acumulado riquezas a partir do comércio. Essa série de acontecimentos caracterizou o Renascimento Comercial e Urbano, que foi a passagem do sistema feudal para o sistema capitalista comercial. Com o desenvolvimento das atividades comerciais surgiu a escrituração, pois para que os comerciantes controlassem suas vendas eles desenvolveram técnicas específicas, aplicadas pelos escriturários.

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